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O Apóstolo dos MBO [Revista Exame]


Investidor ajuda executivos a virar donos

Desde 1978 no Brasil, o alemão Hans Joachim Apostel, gosta de se definir como um merchant banker - um banqueiro de negócios. Principal executivo da Apostel & Co., com sede em São Paulo. Entre seus feitos ele costuma citar as negocições que levaram a Ford e a Volkswagen brasileiras a se unir em uma única empresa. Últimamente, porem o que o vem atraindo são as operações de management buyout. Só este ano foram três: álem da Mallory, ele esteve por trás da transferência do controle da Worldmald Resmat Parsch, fabricante de equipamentos contra incêndio, de origem americana, a dois de seus executivos. A identidade da terceira empresa permanece em sigilo. "Pelo contrato não podemos revelar qual é", diz Apostel, cujo sobrenome significa apóstolo, em alemão.

O segredo tem sido literalmente a alma do negócio em seu tipo de atividade. "Trabalhamos com códigos em todas as operações", afirma. Trata-se de operações exaustivas. Trabalhando com uma estrutura enxuta - alem dele, há outros dois executivos e duas secretárias em seu escritório na Faria Lima, em São Paulo - , o próprio Apostel é obrigado a envolver-se em cada transação. Até fechar a compra da Mallory, por exemplo, ele gastou cinco meses em viagens entre o Brasil, os Estado Unidos e a Europa. O interesse pelo MBO não se restringe ao país: Apostel já estruturou três operações do gênero nos Estados Unidos e na Alemanha.

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